quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Pixel Magazine

São Paulo persiste com seu tempinho enjoado: chuva e sol numa irritante alternância.Enquanto isso, o mundo assiste, além das catástrofes habituais, a esperada patinação da tecnologia aeroespacial.Ter um saélite kamikase dançando quilômetros acima ainda não oferece uma perspectiva muito tranquilizante.Por mais irônica que seja a situação, temos problemas mais urgentes e amenidades prementes para discutir.
Já ouviram falar em “Pixel Magazine”?Se você fez do hábito de bisbilhotar bancas de jornal um controverso meio de vida, então já deve ter esbarrado nessa publicação.Capitulemos para sobreviver:
Com a miscelânia editorial da década de noventa, que derrubou a hegemonia dos infames formatinhos da Abril Jovem, novas editoras ganharam espaço nas prateleiras do fanboy brasileiro.Assim, a Panini, que já publicava os quadrinhos Marvel em terras européias, assumiu o posto de editora mor nas paragens tupiniquins.Essa mesma Panini, interessada em ampliar seu naco de mercado, hoje é a responsável pela publicação do Super-Man e seus amigos: DC comics caiu nas graças dos italianos.
Mas muita coisa boa foi deixada de fora dessa coleção de sucessos. A linha de quadrinhos adultos da DC, selos Vertigo e Wildstorm, estava sem abrigo.Até a grande sacada da Pixel Media.
Pertencente ao grupo das publicações Ediouro (você deve ter pelo menos um livro da çoleção fantasminha), a Pixel notabilizou-se por ser exímia na edição de albuns de quadrinhos: a política editorial privilegia explicitamente o leitor adulto que- parafraseando-os- ,tendo maior poder aquisitivo quer também dispender seu rico dinheirinho preenchendo sua infância mal aproveitada.Bem estabelecido, o grupo decidiu partir para novas periodicidades.
Graças a esse espírito empreendedor podemos, já há algum tempo, ao custo de módicos R$9,90, acompanhar mês a mês, o que há de mais formidável no campo da nona arte: satanismo, ficção científica, mitologia, drogas,sexo e ronck’n roll, enfim, todos os jargões que você pensava não caberem em um impresso ganham vivacidade em cores contrastantes e quadrinização aldaciosa.
Com destaque para as revolucinárias séries “Planetary” (Warren Ellis e Jonh Cassaday) e “Promethea” (Alan Moore), reunidas lado a lado, Pixel Magazine merece os amores extremosos cultivados por uma legião de leitores afoitos.

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